O embaixador Alessandro Cortese, que visitou o Rio Grande do Sul com grande entusiasmo duas semanas antes da tragédia, lembrou o desastre que abalou o território, logo no início de seu discurso. Ele não poupou esforços para se solidarizar e ressaltou o fato de o Governo italiano ter enviado um voo com remédios e mantimentos para às vítimas.
“A coletividade de descendentes é a maior do mundo e a Itália é o sétimo maior exportador para o Brasil, sendo o segundo maior da Europa. Nossos investimentos são muito fortes através de grandes conglomerados italianos que atuam aqui”, afirmou Cortese que deu destaque também ao setor cultural e linguístico e às influências na arte citando Lina Bo Bardi e Portinari, entre outros. Complementou lembrando das coincidências positivas deste ano entre os dois países. Primeiro com a marca dos 150 anos da imigração italiana, depois a presidência italiana do G7 e a presidência brasileira do G20, o que faz que o fluxo de autoridades entre os dois países criem encontros muito profícuos. Em julho, o Brasil receberá o presidente da República Sergio Mattarella.
Esta foi a primeira recepção do embaixador italiano desde que assumiu o prédio idealizado pelo arquiteto Pier Luigi Nervi, que passa por reformas. O chef oficial Valerio Centonze brindou o público, entre outros pratos, com uma porchetta típica que precisou de quase 30 horas de preparo mas que fez muito sucesso.