“Acabo de retornar de Gjader, na Albânia, onde – juntamente com uma mediadora cultural e um especialista em direito internacional – tive novamente a oportunidade de visitar uma das duas ‘catedrais no deserto’ que, ao longo de cinco anos, custarão quase um bilhão de euros aos cofres do Estado italiano.”
“Um desperdício evidente de dinheiro público, motivado unicamente por exigências de caráter eleitorais e propagandísticas; o centro para imigrantes de Gjader foi construído para acolher até mil pessoas, mas até hoje recebeu apenas algumas dezenas, e o que é ainda mais grotesco e paradoxal é que, por não poder mais ser utilizado como forma de dissuasão contra os imigrantes que chegam à Itália, foi reconvertido em um centro de repatriação. Agora ele abriga pessoas que já estavam detidas nos CPRs (Centros de Permanência para Repatriados) italianos, (submetidas a um vaivém custoso e absurdo que as leva da Itália para a Albânia, e depois de volta ao nosso país, aguardando a repatriação definitiva: uma operação sórdida feita às custas de imigrantes que, na maioria das vezes, cometeram apenas infrações administrativas e que frequentemente já viviam na Itália há dez ou vinte anos).”
“Nas próximas semanas, durante a conversão do decreto no Parlamento, reuniremos todos os dados obtidos nas visitas aos centros albaneses para denunciar publicamente esse enorme desperdício de recursos públicos, que em nada contribui para o combate à imigração ilegal; infelizmente, até agora não tivemos acesso às informações necessárias (número exato de detidos, sua origem, crimes cometidos…), já que, provavelmente, o governo impede esse acesso por pudor ou vergonha, com o objetivo de alimentar uma campanha midiática baseada em mentiras e falsidades.”
Fonte: Asessoria de Imprensa Deputado Fabio Porta